sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Saudades da Armação

Ei, Armação, tô na torcida pra você encontrar gente bacana pra cuidar, colher seus bacuparis, muricis, pequis, mangas, goiabas, lichias, bananas. Gente que se emocione com suas flores escandalosas da canela de ema. Das escovinhas vermelhas. Que se sente na casinha da árvore e fique boba, olhando o sol se por.
Que pule da cama quando o nascente vermelho invadir seus vidros e iluminar tudo, chamando pro dia.
SAUDADES!
Sei que você é viva... e sabe do quanto amor colocamos aí.
(nossa, hoje tô com saudade mesmo)

domingo, 31 de outubro de 2010

Chuva, muito verde na Armação

Nesse cenário de exuberância de um cerrado verdinho, brisa fresca e cheiro de terra molhada, a gente se enfeita para depositar na urna nossa esperança de um País que continue resgatando as pessoas para uma vida digna. Essa natureza que nos cerca, que merece nosso cuidado e amor, é como nossa gente - tudo é um. Exclui as fotos pessoais, mas fica aí a foto da casinha da arvore, feita com amor para hospedes. Com aroeiras da Estrada Real na estrutura.







sábado, 16 de outubro de 2010

PEQUIS, BACUPARIS, JASMINS


Este início tímido das chuvas mudou o cenário aqui da Armação. Os bacuparis já amadurecem, os pequizeiros deixam cair as flores para o surgimento dos frutos, o jasmim manga perfuma as horas quentes da tarde.

Nós, que por aqui nos consideramos verdes, porque votamos no vermelho mas separamos nosso lixo, fazemos compostagem, usamos aquecimento solar, nossa casa é de tijolo ecológico (solocimento), nossos vidros foram comprados em ferro velho, o fogão de lenha tem consumo reduzido na queima, mantemos a cobertura natural do solo e preservamos o cerrado mesmo fora da APP e da Reserva Legal.
Vejam as plumas da paineira do cerrado, onde as maritacas fazem festa, bem no lado da janela da casinha da arvore.
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Que o universo e as boas energias cuidem de nossa gente.
Que as trevas sejam engolidas pela luz da verdade, do amor, do cuidado. Como esse milagre da natureza, que faz florescer o pequizeiro depois da longa seca.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Minha vida é um luxo

Pensei neste título porque li recentemente uma matéria que dizia que as pessoas de altíssima renda - não é o meu caso - têm mudado de comportamento, agora o "chique" é ser clean, não ostentar riqueza, dar preferencia a produtos de qualidade e sustentáveis (ambiental e socialmente).

E por que eu acho minha vida um luxo? Nossas toalhas de banho estão sempre quentinhas pelo calor do sol, porque coloquei no nosso banheiro um vidro enorme - que adquiri num ferro velho - virado para o norte, assim, além do banheiro estar sempre aquecido, posso ver o céu.


Considero também minha vida um luxo porque podemos, de manhã, ir à horta, colher algumas folhas de couve e fazer nosso suco dessa verdura com limão, hortelã, ou salsa, tudo uma delícia, sem veneno e sem adubo químico. A salada do almoço a gente também colhe na hora, inclusive os tomates, a couve chinesa, a rúcula, a alface, o cheiro verde, as capuchinhas.





Considero um luxo poder separar meus residuos e somente descartar o mínimo, isso quando não destino as embalagens ao pessoal que faz o cenário de uma peça que minha filha dirige. O papel higienico a gente incinera, juntamente com as sobras de carnes e junta as cinzas às do fogão de lenha, para incorporar ao composto que será usado nas plantas. Esse também é o destino dos residuos vegetais e sobras de comidas sem carne.

Usamos o caixote neozelandês, de 1x1m, tradicionalmente usado para compostagem.

Dou-me ao luxo, também, de preparar minhas próprias velas e mimos para amigos e amigas - aventais, sacolas, já que aprendi a costurar. Como o conjunto de sacola e trocador para a Valentina, que em breve nascerá ...




Ou como esse avental que fiz para a Vanilza, que se entusiasmou e já quer que a gente coloque uma confecção... risos.


Claro que em parte isso é possível porque estou aposentada, posso cuidar pessoalmente da horta, da separação dos resíduos, aprender coisas novas, pesquisar tecnologias. Vou postar como fazer o portão da sua casa ou chácara, gastando um terço do que gastaria se o encomendasse ao serralheiro...

Claro, voce precisa ter um amigo caminhoneiro, que te traz madeiras de sobras de obras, um caseiro jeitoso, que goste de trabalhar com madeira e pesquisar muito antes de contratar a instalação do equipamento para automatizar, além do interfone. Fica pra próxima.


Mas qualquer pessoa, mesmo que more em apartamento, pode separar seu lixo. Os residuos de alimentos podem ser colocados em um baldinho, hermeticamente tapado. O composto pode ser dado ao porteiro, para usar nas plantas do predio, afinal, todo predio tem um jardim, ou grama, ou vasos. Também o condominio pode fazer uma composteira comunitaria, na internet é fácil encontrar instruções sobre isso e se for bem cuidada não vai dar bicho algum.


A Armação dos Anjos tem outra novidade - foi classificada pela EMATER como um empreendimento agroecológico e eu ganhei carteirinha de agricultora. Um luxo! Deixo aí a foto das mudas de caju que estão lindas, com apenas 60 dias de plantadas!


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Minha paixão - a canela de ema

Hoje eu li uma matéria, no Jornal da Casa, no site da Leroy Merlin, onde a paisagista Roberta Martins fala da importância de usarmos plantas nativas nos nossos jardins. Concordo plenamente, não apenas pelos motivos que ela enumera - facilidade de manutenção por causa da adaptação ao clima e evita prejuízos para a fauna, que poderia se prejudicar pela presença de plantas exóticas. Eu acrescentaria a beleza.
Vejam o detalhe desse pequeno jardim da cabana da árvore, que eu projetei e executei ajudada pelo nosso primeiro caseiro, o Gilson. A yuca(?) ao fundo, eu adquiri na Leroy. As outras vieram há anos da casa da Vera Lúcia Dutra, no Lago Norte, deram filhotes no Park Way e eu as trouxe de lá.


A canela de ema é realmente belíssima, temos muitas nativas aqui na Armação e elas são meu xodó. Não passa mês sem flor. Dura poucos dias, mas o espetáculo é garantido.


Claro que as plantas do cerrado tem uma beleza peculiar, porque não são exuberantes como as espécies da mata atlântica, mas eu me dei esse desafio, de buscar composições. Aprendiz que sou, tenho buscado complacência com meus erros, como por exemplo, as roseiras que realmente não ficaram bonitas onde as plantei, nem tenho coragem de fotografar. Já as bromélias que adquiri da Universidade de Viçosa, ficaram bem interessantes na lateral da casinha de tijolos.

Plantei ipês em volta da chácara toda e recentemente ganhei umas mudas do pessoal da SAGRES, já estão crescendo lindas nas latas, no viveiro. Vamos indo....

terça-feira, 6 de abril de 2010

Flor do mel, a visita da Estrela e a iris da Corina

Eu sempre tive paixão por essa planta, com suas flores amarelas e um cheiro doce de mel. Meu amigo Davi me fez uma muda, daí fiz outras, a Amanda pegou uns restos de poda de um vizinho e voilá... estão lindas. E temos muitas mudas nas latas. As que ficaram no PWay estão enormes, as latas caíram com o peso.




Teve visita neste feriado, o dono precisou viajar e ela ficou por lá. Gostou. No Park Way ficava agitada, chorava, reclamava. Talvez seja o fato de não ter mais concorrência, já que nossa querida Lua se foi. Agora, como está ceguinha, dá trabalho, a bichinha. Não pode soltar, porque some ou se machuca. Aí a gente põe uma corda comprida e ela se enrola em tudo, arranca as mudas... enfim. Ah, tivemos outras visitas, claro, além da Estrela. A Armação sempre tem boa mesa. Mas agora vou mudar a estratégia, chamar os amigos e amigas para cozinhar. Enjoei da minha comida.






Ei, dá pra acreditar que essa maravilha era um vaso de flores há poucos meses?




É muito legal... qualquer vaso de flores que você replantar vira uma beleza. Ainda mais com a chuva gostosa que tem caido. Só as orquídeas é que perdem logo as flores, qualquer hora vou fazer um orquidário com teto ripado. Mas essa íris adorou o local. E olha que venta e pega sol da face norte.

Por hoje é só. Depois postarei as fotos da horta nova, na mandalla. Quero transferir toda a horta para lá e plantar bastante guandu na horta atual, para ter massa verde e alimentar meu futuro galinheiro. Os ovos ficam com a gema bem avermelhada. Além do mais, guandu é gostoso, colhido verde. É que vem aí a seca e quero racionalizar o uso da água, concentrando a irrigação só na mandalla.
Espero em breve implantar umas barraginhas, aqui tem enxurrada. E minha captação de água da chuva ainda não está concluida, a armazenagem é complexa. Mas chego lá. Com amor e paciência (até parece que sou paciente....)
Tânia





domingo, 21 de março de 2010

Flores, os jambos do Orency e a figueira do Simião

Aqui a gente colhe algumas flores. As roseiras da mamãe estão viçosas, embora esse sol de verão queime principalmente as rosas vermelhas, preciso ver como sombreá-las um pouco. As cor de rosa, a gente consegue colher quando ainda estão em botão, com pouca queima. O urucum sempre faz parte dos meus arranjos, assim como o filodendro. Agora fiquei apaixonada por esse capim da segunda foto, vou tentar plantar as sementinhas, quando o arranjo secar.









Na Armação, está sempre presente a energia dos amigos e amigas. Posto a foto das mudas de jambo que o Orency, no seu apartamento, preparou para nós. E a figueira do Simião frutificou, três meses depois de ir para o berço. A muda foi tirada de uma das figueiras da casa antiga, do Park Way, coloquei no hormônio enraizador, depois numa lata e ela foi plantada em dezembro. Ê mãozinha boa, hein Simica? Tem mais de um fruto, não contei porque acredito que não se deva contar as frutas.... outro dia perguntei para um amigo - ah, esse abacate já é da sua casa e ele respondeu - sim, este ano o pé deu 26 abacates. Eu comecei a rir....



Então, aí estão as mudas de jambo do Orency

E assim vamos, felizes aqui, com os passarinhos, amigos e amigas!